Dados do Trabalho


Título

APLICABILIDADE DO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL UNIVERSITARIO

Introdução

O Checklist institucional de cirurgia segura foi implantado no ano de 2018 em um Hospital Universitário. Conforme preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS), ele é composto de três etapas, sendo elas: antes da indução anestésica, antes da incisão e antes de o paciente sair da sala cirúrgica. Foi construído seguindo os princípios de simplicidade, aplicabilidade e mensuração, e desde então, já passou por adequações ao serviço.A

Objetivo

Avaliar os indicadores do checklist de cirurgia segura aplicado no centro cirúrgico de um Hospital Universitário.

Método

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e com abordagem quantitativa. A amostra contou com 2.878 checklist aplicados pela equipe de enfermagem no Centro Cirúrgico de um Hospital Universitário, relativos às cirurgias realizadas entre o período de janeiro a setembro de 2022, disponíveis no arquivo hospitalar. Não houve critérios de exclusão, todos os checklist, totalmente preenchidos ou não, foram avaliados.

Resultados

Verificou-se que 99,2% dos pacientes que foram submetidos a cirurgia no Centro Cirúrgico tiveram sua identificação correta. Quanto a presença no prontuário do Termo de Consentimento de cirurgia, 98% dos procedimentos tinham termo de cirurgia assinado. Quanto ao Termo de Consentimento de anestesia: 71,4%, apresentam termo assinado. Quanto a consulta pré-anestésica: 61% dos pacientes declararam terem sido submetidos a consulta. Em se tratando do indicador alergia todos os pacientes que se declararam foram corretamente identificados com a pulseira vermelha antes de serem encaminhados a Sala Operatória.
Quanto a marcação de lateralidade: 49% das cirurgias não era necessário a realização de tal procedimento, em 8,5% dos checklist´s esse item não foi respondido, em 27,5% das cirurgias foi verificado que tal marcação é realizada e que em 15% não aconteceu. Em relação as reservas de sangue e leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), os procedimentos que precisaram de reserva de sangue foi de 24%, o que corresponde a 348 cirurgias, dentre elas 280 possuíam reserva confirmada no banco de sangue; a solicitação de reserva de UTI, a opção não estava assinalada em 10,5% das cirurgias, 75% não foi solicitado e em 14,5% a reserva foi solicitada (o que corresponde a 208 procedimentos, destes 194 a reserva foi confirmada antes da realização do procedimento cirúrgico). Quanto ao uso de adorno pela equipe cirúrgica, foi verificado que 17% dos profissionais e/ou alunos estavam usando algum tipo de adorno durante os procedimentos.Com relação a profilaxia para TEV, 60% não foi realizada profilaxia por não haver necessidade, avaliada de acordo com critérios médicos. Na necessidade de profilaxia, 644 pacientes fizeram e 444 não fizeram. Quanto a contagem de compressas, 83% das cirurgias não foi necessária a de contagem, visto que, esse passo se aplica às cirurgias nas quais são abertas as cavidades abdominais ou torácicas. Em 14,5% das cirurgias houve a contagem e em apenas 2% não foram contadas. Já as contagens de instrumentais foram realizadas em apenas 47% dos procedimentos e a contagem de agulhas foi feita na grande maioria das cirurgias 67%, em apenas 1% não foram realizadas.

Conclusões

Este instrumento rico em informações importantes acerca da segurança do paciente e trouxe para a equipe a possibilidade de se fazer uma constante avaliação dos dados fornecidos pelo checklist, para que as falhas possam ser corrigidas contribuindo para uma assistência de qualidade e segura para o paciente.

Palavras-chave

Segurança do paciente; Centros Cirúrgicos.

Referências

1. Oliveira G da SA de, Amorim LS de, Maia AL. Termo de consentimento informado x checklist de cirurgia segura: revisão integrativa da literatura. RSD [Internet]. 23 de novembro de 2021 [citado em 7 de agosto de 2023];10(15):e450101523630. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23630

2. Pancieri AP, Carvalho R de, Braga EM. Aplicação do checklist para cirurgia segura: Relato de experiência. Rev SOBECC [Internet]. 31º de março de 2014 [citado 7º de agosto de 2023];19(1):26-33. Disponível em: https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/50

Área

Segurança do paciente

Autores

Newton Barros Melo Neto, Emanuela Moreira Alves Melo, Marcilene Guilherme Silva Santos, Erika Cavalcante Gomes Oliveira, Amanda Priscila Melo Sauza, Aurélia Jandira Souza Melo Verçosa, Patrícia Albuquerque Sarmento