Dados do Trabalho


Título

Criação de Software dedicado a realidade de um Hospital Ortopédico

Introdução

Diante da modernização, os Centros de Materiais e Esterilização, que não se adaptarem a esta nova realidade, ficarão obsoletos, comprometendo as finanças e a qualidade dos serviços, dada esta necessidade de modernização em um processo tão complexo como no Hospital AACD, onde 95% do volume de material processado é externo, ou seja, utiliza materiais Órteses Próteses e Materiais Especiais (OPMEs) de alto custo, onde temos dois aspectos, volume de material e valor financeiro envolvidos.
Diante deste cenário, destacamos a necessidade de construir um sistema de rastreabilidade específico para materiais OPME, atendendo a necessidade de muitos centros de materiais e esterilização, onde apoiará a equipe de assistência envolvida no processo cirúrgico.

Objetivo

Garantir e eliminar perdas financeiras, otimização do trabalho, garantir rastreabilidade e gestão eficiente de todos os processos da CME, como recebimento de materiais, limpeza, inspeção, preparo, esterilização e distribuição, trazendo assim um ganho operacional, garantindo a segurança do processo e saúde financeira da instituição.

Método

A iniciativa surgiu inicialmente dos eventos de extravios de materiais e quebras no ano de 2019, como estratégia iniciou-se uma operação manual de fotografar todas as entradas de Órteses, Próteses e Materiais Especiais – OPME, foi uma forma eficiente de eliminar os extravios e as perdas financeiras, porém, era um trabalho árduo e demorado, diante de tal cenário, houve a oportunidade de investimento pelo parceiro do hospital, apostando em inovação, solução digital, eficiência, dinamismo e que oferecesse agilidade e segurança operacional ao processo para a instituição.
O investimento foi realizado pelo parceiro em hardware, software e recursos humanos para viabilizar a criação da ferramenta e a sua integração com o sistema operacional utilizado na instituição (tasy).

Discussão e Conclusões

Como resultado, tivemos redução no tempo de recebimento de instrumentais e descartáveis; Impressão de etiquetas para identificação de materiais direto do sistema já integrado com dados do paciente e QR CODE, sem necessidade de digitação manual, login pelo funcionário com possibilidade de acompanhamento de produtividade e tempo individual, desde o recebimento dos instrumentais até o retorno, acesso a relatórios mensais com toda informação de entrada de material e devolução, liberdade de movimentação em todos os setores, pois utilizamos tablets de última geração, controle de lote de insumos/equipamentos para cada material termodesinfetado com uso de fotografia e QR CODE, redução de tempo e garantia de segurança e rastreabilidade do material/paciente/processo.

Conclusões

Concluímos que a ferramenta trouxe segurança processo, mapeando as fases de forma direcionada e segura diante da nossa realidade e demanda, conquistando e solidificando um modelo eficaz e tornando-se referência no setor hospitalar, conseguindo gerir a produção do setor desde o recebimento do OPME até o seu retorno através da implantação da ferramenta de gestão com registro integrado ao prontuário do paciente, que atualmente não existe no mercado hospitalar nacional e internacional.

Palavras-chaves

CME, OPME, Tecnologia.

Referências

Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a saúde. 7ª ed. São Paulo: SOBECC; 2017.
BRASIL, ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em
serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Brasília: Anvisa, 2010.
BRASIL. RDC nº 15, Resolução da Diretoria Colegiada - Dispõe sobre requisitos de boas
práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. ANVISA,
15/03/12.
Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Processamento
de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2003

Área

OPME

Autores

Marcela Borges Alves Porto, Camila Moreira Paladino