Dados do Trabalho


Título

IMPLANTAÇAO DE RASTREABILIDADE INFORMATIZADA DE OPMES: RELATO DE EXPERIENCIA

Introdução

O processo de rastreabilidade no processamento é definido como a capacidade de traçar o seu histórico e da sua utilização por meio de informações previamente registradas e devem ser garantidas pelo CME sempre que solicitação seja para análise de eventos adversos, como para análise de qualidade do processo.
Atualmente quando falamos em Órteses Próteses Materiais Especiais (OPMEs) e os seus desafios, a rastreabilidade surge como uma das principais preocupações, principalmente pela utilização de dispositivos médicos implantáveis, que imprimem riscos na sua utilização que precisam ser rastreados a partir de informações desde a matéria prima utilizada até o consumidor final.
Dado a diversidade dos OPMEs, realizar a rastreabilidade de forma manual pode deixar lacunas e informações dúbias relacionadas ao processamento de instrumentais e implantes nos Centros de Materiais e Esterilização.

Objetivo

Relatar a experiência na implantação de rastreabilidade informatizada em instrumentais e implantes (OPMEs) processados em um CME de um hospital ortopédico de grande porte da cidade de São Paulo.

Método

Trata-se de um relato de experiência, realizado por enfermeiro responsável pelo CME, no ano período de abril de 2018 a novembro 2018 em um CME de um hospital ortopédico de grande porte na cidade de São Paulo

Resultados

O CME já dispunha de sistema de rastreabilidade informatizado desde o ano de 2015, porém dado o volume de caixas, complexidade e diversidade dos OPMEs processados, este ainda era realizado de forma manual, o que gerava falhas no registro da informação ou informações divergentes e incompletas.
Desta forma em abril de 2018, se iniciou o planejamento do processo de inclusão dos OPMEs no sistema de rastreabilidade, começado pelo desenho do módulo de OPME na plataforma pelo desenvolvedor, que juntamente com os enfermeiros do CME, desenharam o fluxo e regras que deveriam ser aplicadas desde o recebimento do OPME, até a sua entrega para o paciente e devolução ao fornecedor.
O desenvolvimento do módulo OPME, se subdividiu em três etapas de inclusão diferenciadas, sendo estas: recebimento, preparo e devolução.
Após o desenvolvimento do módulo iniciou-se a fase de cadastro dos OPMEs no sistema, sendo padronizado no seguinte formato: diferenciação entre caixas (apenas instrumentais/ instrumentais e implantes e apenas implantes), descrição do material e empresa fornecedora.
Com os OPMEs cadastrados, iniciou-se o treinamento da equipe e testes in loco, analisando possíveis falhas do sistema e obstáculos na implantação, processo de durou de julho de 2018 a novembro de 2018, finalizando com cadastro de mais de 600 OPMEs e o processo sendo realizado totalmente de maneira informatizada.

Conclusões

A implantação da rastreabilidade informatizada de OPMEs no Centro de Materiais e Esterilização (CME) trouxe melhorias significativas. Com a automação foi otimizada a identificação, rastreamento e gestão dos dispositivos desde o recebimento dos OPMEs até a sua devolução ao fornecedor, reduzindo falhas e erros de informação.
Além disso, a partir informatização do processo foi possível obter dados rápidos a cerca de produção e indicadores de qualidade que auxiliaram nos processos de melhoria do CME, sendo também uma ferramenta de qualidade na unidade.
A implantação da rastreabilidade informatizada do processamento de OPMEs no CME permitiu a melhora na gestão dos processos, além de gerar valor as atividades realizadas no CME, aumentando a confiabilidade e segurança da unidade.

Palavras-chave

ESTERILIZAÇÃO; DISPOSITIVO médico; CONTROLE de qualidade

Referências

1. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n.15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Brasília, DF; 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Manual de boas práticas de gestão das Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.

Área

OPME

Autores

Idalina Brasil Rocha da Silva