Dados do Trabalho


Título

DESAFIOS NO PROCESSAMENTO DE DISPOSITIVOS MEDICOS: EXPERIENCIA DE UM COMITE DE PROCESSAMENTO

Introdução

O Comitê de Processamento de Produtos para Saúde (CPPS) é previsto na Resolução da Diretoria Colegiada nº 15 de 15 de março 2012, para os serviços de saúde que realizem mais de quinhentas cirurgias/mês (excluindo partos).
O CPPS tem como a finalidade definir, implementar, validar e garantir os produtos para saúde (PPS) a serem processados nos Centros de Material e Esterilização (CME) ou a serem encaminhados a serviços terceirizados; analisar, validar e garantir a implementação das normas de processamento dos dispositivos médicos, participar da aquisição dos mesmos e seus insumos, além de avaliar serviços de empresas processadoras terceirizadas.
Baseado nesta exigência e na dificuldade em implementar de forma individualizada em seis institutos pertencentes a um complexo hospitalar de grande porte no estado de São Paulo, em 2017, foi criada a Comissão Técnica de Processamento de Produtos para saúde de Processamento de Produtos para saúde de forma unificada, com objetivo de identificar oportunidades de aprimoramento nos processos realizados pelos CMEs do complexo hospitalar.

Objetivo

Relatar a experiência na formação, criação e ações realizadas pelo CPPS de um complexo hospitalar público no estado de São Paulo.

Método

Trata-se de um relato de experiência, realizado por enfermeiros da Comissão de Processamento de Produtos para Saúde de um complexo hospitalar público do estado de São Paulo, no período de agosto de 2017 a dezembro 2022.

Resultados

Criada pela Diretoria Clínica do complexo hospitalar no dia 23 de agosto de 2017, o CPPS foi criado com a seguinte formação: um representante de CME de cada um dos seis institutos do complexo hospitalar, um representante da Comissão Técnico Científica de Centro Cirúrgico; Representantes da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e Representante da Comissão de Ética para Análise dos Projetos de Pesquisa. Na sua criação foi designada uma coordenação e vice coordenação, que iniciou os trabalhos com a descrição do regimento da Comissão e solicitação da contratação de dois enfermeiros para unidade de Apoio Técnico. A CPPS iniciou então suas atividades com a descrição de algumas políticas e protocolos relacionados principalmente ao reuso. Em 2021 com objetivo de otimizar as ações realizadas pela comissão, suas atividades passaram a ser dividas em câmaras técnicas (CT) especificas, sendo estas: CT enxoval cirúrgico, CT indicadores em CME, CT materiais 3D, CT processos de trabalho e CT reuso. Desde a criação da comissão já foram efetivamente realizados a criação de política institucional para explantes, padronização e implantação de protocolos para o monitoramento de limpeza e esterilização, criação e revisão de política de reuso, além de qualificação das empresas terceirizadas contratadas para o serviço de esterilização por oxido de etileno e lavanderia.

Conclusões

A implantação do um CPPS em um complexo hospitalar foi um passo significativo em direção à otimização e melhoria dos processos nos CMEs dos institutos que o compõe. Ao longo do relato de experiência, ficou evidente que a criação da comissão permitiu uma maior coordenação entre os institutos, promovendo a padronização de procedimentos, a troca de melhores práticas e a redução de redundâncias. A experiência de implantação CPPS ressalta a importância de um enfoque centrado no paciente e de uma abordagem interdisciplinar para superar desafios complexos no setor hospitalar.

Palavras-chave

COMITÊ de profissionais; ESTERILIZAÇÃO; DISPOSITIVO médico.

Referências

1. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n.15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Brasília, DF; 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html

Área

Gestão

Autores

Idalina Brasil Rocha da Silva , Margarida Firomi Shiraishi, Paulo henrique Alves Lourenço