Dados do Trabalho


Título

Contribuição do profissional enfermeiro frente a reestruturação física de um Centro Cirúrgico Ambulatorial: relato de experiência

Introdução

As cirurgias ambulatoriais correspondem a um conjunto de procedimentos anestésico-cirúrgico que podem ser realizados sem contar, necessariamente, com uma internação hospitalar, podendo o paciente retornar ao seu domicílio poucas horas após a realização do procedimento. Sendo assim é de extrema importância que a estrutura física deste ambiente cirúrgico seja apropriada, além de profissionais treinados e fluxos bem desenvolvidos.

Objetivo

Relatar a experiência do profissional enfermeiro como participante do processo de reestruturação física de um Centro Cirúrgico Ambulatorial.

Método

Trata-se de uma apresentação descritiva, do tipo relato de experiência, de três enfermeiras que atuaram durante a reestruturação física para o funcionamento de um Centro Cirúrgico Ambulatorial, parte de um Complexo Hospitalar de serviço público, voltado ao atendimento das necessidades da mulher.

Discussão e Conclusões

O espaço destinado a efetivação de um Centro Cirúrgico Ambulatorial descrito neste estudo, funcionou por décadas como Centro Cirúrgico Obstétrico. A reorganização e reestruturação deste local para Centro Cirúrgico Ambulatorial teve como principal objetivo garantir que os aspectos físicos e organizacionais da unidade propiciassem a execução do procedimento anestésico-cirúrgico dentro de um padrão de segurança e qualidade.

A primeira etapa para tal processo, foi a definição do escopo de atendimento, com a projeção do número de procedimentos/dia, para assim desenvolver o planejamento de novos fluxos de entrada e saída dos pacientes, colaboradores, materiais e insumos. Posteriormente, houve a necessidade de revisar os protocolos institucionais a fim de renovar as práticas estabelecidas.

Por fim as enfermeiras munidas da planta baixa da nova unidade, realizaram considerações no descritivo sobre as demandas previstas para localização de redes de abastecimento hidráulico, instalações elétricas (amperagem, quantitativo e posicionamento, uma vez que favorece a ergonomia para o colaborador e o bom uso para equipamentos), climatização, redes de telefonia e a disposição de móveis fixos. Utilizou-se a Resolução RDC 50/2002 para fundamentar tais etapas da reestruturação.

Conclusões

A participação das enfermeiras na reestruturação da unidade, permitiu a projeção das necessidades, organizando a mesma de uma forma em que os processos de trabalho e estrutura física apresentassem concordância. O planejamento foi uma importante ferramenta gerencial utilizada pelas enfermeiras durante este processo, evidenciando-se a necessidade de profissionais atuantes em tais serviços para ponderações específicas relacionadas ao cuidado durante a reestruturação física de unidades hospitalares.

Palavras-chaves

Cirurgia ambulatorial; Enfermagem

Referências

Oliveira MR de, Speranzini MB, Junqueira Jr. A. A ATUALIDADE DA CIRURGIA AMBULATORIAL. Rev bras educ med [Internet]. 1985Jan;9(1):52–4. Available from: https://doi.org/10.1590/1981-5271v9.1-010

Brasil. Ministério da Saúde. Resolução da Diretoria Colegiada RDC n. 307, de 14 de novembro de 2002. Altera a Resolução RDC n.50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília (DF): DOU; 18 de novembro de 2002.

Área

Gestão

Autores

Débora Thais Siqueira Soares, Elizabeth Bernardino, Cleidiane Marques da Silva, Daiane Siqueira de Luccas, Edinaldo Silva de Oliveira