Dados do Trabalho


Título

O USO DO GELO NO MANEJO DA SEDE EM PACIENTES NO POS-OPERATORIO IMEDIATO-POI.

Introdução

A sede é definida, como uma vontade consciente de ingerir água, sendo provoca por uma resposta fisiológica do organismo, onde pode ser causada por vários fatores e sendo percebida por meio de alguns sinais como: boca, lábios e garganta secos, língua e saliva grossas, gosto ruim na boca1. Quando se aborda a sede frente ao paciente em pós-operatório imediato (POI), o sintoma pode ser causado pela ansiedade e/ou medo da cirurgia, jejum, drogas usadas durante o ato cirúrgico, intubação orotraqueal, levando a sede intensa nesses indivíduos1.

Objetivo

O objetivo desse estudo foi avaliar a percepção do paciente em POI, em relação ao manejo da sede com o uso da rotina padrão de um Hospital no interior de Rondônia, comparando com uso do gelo.

Método

Tratou-se de uma pesquisa em campo experimental, com abordagem quanti-qualitativa descritiva, transversal, realizada nas clínicas cirúrgicas, ortopédicas e maternidade do hospital onde ocorreu a pesquisa. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), CAAE n°68164623.00000.5297, e foi composta por 50 pacientes, após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE, os participantes foram divididos em dois grupos um experimental e um grupo de monitoramento onde foi aplicado um questionário e avaliado a intensidade da sede utilizando a escala visual numérica de 0 a 10.

Resultados

A coleta de dados foi dividida em dois grupos, um grupo experimental onde foi aplicado em 30 pacientes, e o grupo de monitoramento com 20 pacientes, durante a pesquisa as amostras de dados houve maior prevalência do sexo feminino com 80% (40/50) dos pacientes, e 20% (10/50) do sexo masculino, a faixa etária que houve mais prevalência foi de 40 – 50 anos, e com média de idade de 42,8 anos. O questionário aplicado foi formulado pelos autores, baseados nos estudos de nascimento et al, 2014, sendo aplicado no grupo experimental que foi composto com 30 pacientes, durante essa etapa 24 pacientes apresentaram nível de consciência para responder o questionário e 6 pacientes foram reprovados impossibilitando a continuidade do questionário, destes pacientes 16 relataram sentir sede no momento , onde 11 destes pacientes relataram uma sede intensa de 8 a 10. O grupo de monitoramento que foi composto por 20 pacientes, durante a coleta de dados 17 destes pacientes relataram sede, e 12 pacientes mesuraram a intensidade da sede, em intensa de 8 a 10.

Conclusões

Desta forma conclui-se que a sede é um desconforto real e intenso nos pacientes cirúrgicos que estão em POI, durante o estudo houve a predominância da sede nesses pacientes, ainda que poucos desses pacientes a verbalizem de maneira espontânea. No entanto, faz-se necessário reconhecer a sede como um agente estressor e de desconforto nos pacientes pós-cirúrgicos, assim como a dor, a valorização desse sintoma entre os profissionais de saúde faz com que métodos de manejo da sede sejam implementados, para que ocorra a identificação, mensuração e tratamento da sede.

Palavras-chave

Cirurgia; Cuidados De Enfermagem; Recuperação Pós-Anestésica; Sede.

Referências

1. PAVANI, M.M. et al. Sede do paciente cirúrgico: Percepções da equipe de enfermagem nas unidades de internação. Revista de enfermagem UFPE, v. 10, n. 9, p. 01-09, 2016. [Internet]. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11416/13201

2. NASCIMENTO, A.L. et al. Avaliação clinica pelo protocolo de segurança para o manejo da sede no pós-operatório imediato. Revista enfermagem em foco, v. 10, n. 4, p. 47-53, 2019. [internet]. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/2209/604.%20Acesso%20em%2020,%20de%20abril%202023

Área

Recuperação Pós-Anestésica

Autores

Lucas Silveira Silva, Danilo Sampaio Melo, Daniela Cristina Gonçalves Aidar